30.12.11

No dia de Cristo o fogo provará qual seja a obra de cada um


Paulo escreveu aos santos de Corinto: "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquitecto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele; porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento edifica ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia de Cristo a declarará porque pelo fogo será descoberta e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo" (1Cor. 3:10-15). Paulo, segundo o que diz a Lucas, depois de ter estado em Atenas, foi a Corinto onde pregou o Cristo, e muitos Coríntios, ouvindo-o, creram no Evangelho e foram batizados. Foi ele que os gerou em Cristo Jesus pelo Evangelho, foi ele que como sábio arquitecto pôs o fundamento daquela casa espiritual que surgiu em Corinto, e o fundamento que ele pôs foi Cristo Jesus, o Filho de Deus. Paulo morou em Corinto um ano e seis meses ensinando entre os santos de Corinto a Palavra do Senhor, depois se ausentou daquela cidade. E quando ele não estava em Corinto, Apolo chegou em Acaia e a Escritura diz que "tendo ele chegado, auxiliou muito aos que pela graça haviam crido" (Actos 18:27). Apolo, em Corinto pregou a Palavra aos santos, de facto Paulo escrevendo aos Coríntios compara a pregação de Apolo à rega; ele lhes escreveu: "Eu plantei, Apolo regou" (1Cor. 3:6). Ora, Paulo tinha posto o fundamento e outros vieram e edificaram sobre ele, isto é, outros vieram e pregaram e ensinaram no seio da igreja de Corinto, e ele a tal propósito disse: "Mas veja cada um como edifica sobre ele" (1Cor. 3:10), e esta exortação é ainda hoje dirigida a todos os que edificam sobre o fundamento que é Cristo Jesus.

Os verdadeiros ministros de Cristo não pregam a eles mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, eles pregam a Boa Nova da paz exortando os homens a se arrependerem e a crer em nosso Senhor Jesus Cristo para obter a remissão dos seus pecados. Eles quando pregam onde Cristo ainda não foi anunciado, se aplicam a pôr como fundamento Cristo Jesus para depois edificar sobre ele; esta é a razão pela qual todas as igrejas dos santos se erguem sobre o mesmo fundamento, ou seja sobre Cristo Jesus, a pedra angular, eleita e preciosa para todos nós que cremos n`Ele. Portanto todas as igrejas de Deus têm como fundamento Cristo Jesus, e Paulo diz que "ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Cor. 3:11); isto significa que nenhum ministro de Deus tem o direito de tirar este fundamento para meter um outro. Se por um lado vemos que nenhum ministro do Evangelho que serve a Deus com pura consciência ousa tirar o sólido fundamento, por outro vemos que muitos lobos devoradores (filhos de maldição que pregam um Evangelho diferente daquele que recebemos) procuram com a sua astúcia tirar este fundamento da vida dos crentes. Estes, na verdade, procuram levar os discípulos do Senhor para longe do Senhor e após eles; dilectos, guardai-vos destes!

A ressurreição dos mortos


Debaixo o Antigo Concerto, Deus tinha predito que os mortos um dia ressuscitarão, de facto no livro do profeta Isaías está escrito: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas e a terra lançará  de si os mortos" (Is. 26:19), e em Daniel está escrito: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo eterno... Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás, e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (Dan. 12:2,13).

Debaixo o Novo Concerto é confirmado que todos ressuscitarão de facto Jesus disse: "Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressureição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo" (João 5:28-29); Paulo afirmou ter a mesma esperança que tinha o povo de Israel, isto é "de que há-de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos" (Actos 24:15); e João afirmou ter visto em visão voltar à vida tanto os mártires de Jesus, antes do início do milénio, como o remanescente dos mortos, no fim do milénio (cfr. Ap. 20:4, 11-15).

Portanto, a ressurreição final de todos os mortos foi proclamada primeiro pelos profetas, e depois confirmada plenamente por Jesus e pelos apóstolos. Ela é pois por certo um evento futuro a esperar porque o anunciou Deus. Tenho a precisar que todos os justos e todos os injustos ressurgirão a seu tempo, nenhum excluído e isto porque é necessário que todos os homens compareçam diante de Deus com o seu corpo para prestar contas a Deus do que praticaram enquanto se encontravam nele. Digo isto porque alguns baseando-se nas palavras de Daniel "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão" deduziram erroneamente que a ressurreição será parcial; mas as palavras de Daniel são esclarecidas por Jesus que diz "todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão para fora".

A ressurreição dos justos

Paulo diz aos Coríntios: "Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor. 15:20-23). Ora, Jesus Cristo sendo ressuscitado dos mortos com um corpo glorioso e incorruptível é chamado o primogénito dos mortos (as primícias dos que dormem), e isto exactamente porque ele foi o primeiro homem a ressuscitar com um corpo imortal. Aqueles que antes dele tinham ressuscitado dos mortos, como por exemplo, o filho da viúva de Sarepta, Lázaro e o filho da viúva de Naim não ressuscitaram com um corpo imortal mas com o mesmo corpo mortal com o qual tinham morrido, tanto é verdade que de Lázaro, depois de Jesus Cristo o ter ressuscitado dos mortos, está dito: "E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, iam, e criam em Jesus" (João 12:10-11); portanto, o corpo com o qual Lázaro ressuscitou podia ser ainda morto e podia ainda morrer. Mas aquele que Deus ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, "já não morre" (Rom. 6:9) porque a morte não tem mais domínio sobre ele. Quando pois dizemos que Cristo é o primogénito dos mortos intendemos dizer que Ele foi o primeiro a ressurgir com um corpo imortal, glorioso e incorruptível. Mas se Cristo é as primícias dos que dormem, qual é a massa? A massa é representada por todos os que morreram em Cristo, os quais na vinda do Senhor ressurgirão como ressuscitou Jesus. Tanto Jesus como os apóstolos testificaram que os santos que estão mortos, um dia ressurgirão; vejamos algumas destas suas afirmações que falam da ressurreição dos justos que deve ter lugar no tempo fixado por Deus.

A volta de Cristo e os eventos que se seguirão


Depois que Jesus Cristo foi ressuscitado dos mortos, apareceu àqueles que ele tinha escolhido como suas testemunhas. Esteve com eles quarenta dias falando das coisas relativas ao reino de Deus, depois em Betânia enquanto os estava abençoando foi elevado ao céu mais precisamente para a direita de Deus conforme está escrito: "Assentou-se à direita da Majestade nas alturas" (Heb. 1:3). Isto aconteceu para que se cumprisse as palavras de Davi: "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés" (Sal. 110:1). Mas de onde agora Jesus se encontra ele um dia voltará. Ele mesmo ainda antes de sofrer prometeu voltar de facto disse aos seus discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos um lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. E para onde eu vou vós conheceis o caminho" (João 14:2-4).

Como acontecerá a volta de Jesus Cristo?

Ÿ Da mesma maneira em que ele foi para o céu.

Está escrito de facto no livro dos Actos dos apóstolos: "Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (Actos 1:9-11). Portanto como Jesus foi visto ir para o céu por aqueles que estavam presentes na sua ascensão, assim, na sua volta, será visto voltar do céu, mas desta vez não será visto apenas por um pequeno número de pessoas como na sua ascensão mas por todos, conforme está escrito: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém" (Ap. 1:7).

Ÿ Sobre as nuvens, com glória e com poder.

Em Mateus de facto a respeito da volta de Cristo está escrito: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória" (Mat. 24:30). O profeta Daniel centenas de anos antes tinha dito: "Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído" (Dan. 7:13-14).

Para onde vai o Cristão quando morre


Irmãos no Senhor, quero que saibais que quando um cristão morre, ele morre quanto à carne, mas a sua alma parte do seu corpo e vai habitar com o Senhor nas alturas, plenamente consciente, portanto num estado de perfeita lucidez mental. Há diversas Escrituras que testificam que quando se morre no Senhor se vai habitar com o Senhor no seu reino celestial. Eis quais são estas Escrituras.

Ÿ Paulo escreveu aos Coríntios: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Cor. 5:1).

Portanto nós crentes temos uma casa eterna lá em cima nos céus que não foi feita por mão de homem mas pelo próprio Deus. Nesta casa vão morar aqueles que morrem na fé, desde o primeiro dia da sua partida, ou melhor dizendo desde os primeiros momentos que seguem à exalação da alma, pois a ascensão ao céu acontece no espaço de um breve tempo. Os apóstolos tinham o desejo de partir do corpo e ir habitar com o Senhor, de facto Paulo escreveu aos Coríntios: "Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (porque andamos por fé, e não por vista); mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2 Cor. 5:6-8), e aos Filipenses: "Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor; mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne" (Fil. 1:23-24). Também nós temos o mesmo desejo que tinha Paulo e os seus cooperadores, porque sabemos que com o Senhor lá em cima no céu se está melhor. Certo, é uma coisa maravilhosa viver com o Senhor na terra, mas é ainda melhor a vida que se vai viver com o Senhor no seu reino celestial.

Ÿ O apóstolo Pedro na sua segunda epístola disse: "Sei que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado. Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha partida tenhais lembrança destas coisas" (2 Ped. 1:14-15).

O apóstolo sabia que brevemente morreria e iria habitar com o Senhor no céu, e falava da sua morte como de uma partida do seu corpo de facto disse que brevemente deixaria o seu tabernáculo. Ora, se a morte é chamada partida quer dizer que há alguma coisa no corpo que parte do corpo quando ele morre, doutra forma não teria sentido chamá-la partida. E nós sabemos que esta alguma coisa é a alma que está no homem. Mas não só, se alma parte haverá também um lugar para onde irá porque doutra forma não teria sentido falar de partida, e nós sabemos que este lugar é o paraíso, o terceiro céu. Aquele mesmo lugar aonde foi arrebatado o apóstolo Paulo (o qual porém não sabia dizer se este arrebatamento tinha sido com o corpo ou sem) e onde ele "ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar" (2 Cor. 12:4).

Ÿ João, na visão que teve na ilha de Patmos, viu, entre outras coisas, as almas dos crentes que foram mortos na terra. Ele disse: "Vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles o foram" (Ap. 6:9-11).

Para onde vai o pecador quando morre


A Palavra de Deus ensina que existe um lugar de tormento no mundo invisível, um lugar terrível e assustador onde arde continuamente fogo e onde há pranto e ranger de dentes e no qual descem as almas dos pecadores que não se arrependeram dos seus pecados e não creram no Evangelho da graça de Deus. Este lugar se chama lugar dos mortos - em Grego: Hades, enquanto em Hebraico: Sheol - e é mencionado muitas vezes nas Escrituras. Antes de passar a demonstrar-vos pelas Escrituras a existência deste lugar quero fazer esta premissa. Antes de tudo tem que se dizer que a palavra hebraica Sheol significa também ‘sepultura’ e que a mesma coisa tem que ser dita para a correspondente palavra grega Hades. Isto explica o porquê de nas traduções da Bíblia a palavra Sheol (Hades em grego) algumas vezes foi traduzida sepultura ou túmulo. J.F.Almeida por exemplo a traduziu com sepultura nestes versículos: "E não permitas que suas cãs desçam à sepultura (Sheol) em paz" (1 Re 2:6); "Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura (Sheol) nunca tornará a subir (Jó 7:9); "Porque não pode louvar-te a sepultura (Sheol)" (Is. 38:18). Digo algumas vezes e não todas, porque esta palavra indica também a morada das almas entre a morte e a ressurreição, e de facto outras vezes foi traduzida inferno ou lugar dos mortos (porém entenda-se este último não como túmulo). J.F.Almeida por exemplo em diversos lugares do Antigo Testamento traduziu Sheol com inferno (cfr. Sal. 9:17; Jó 26:6; Prov. 9:18), e assim também traduziu Hades com inferno - excepto algumas vezes - no Novo Testamento  (cfr. Mat. 11:23; 16:18 Lucas 10:15; Ap. 1:18. Em Actos 2:27 e 2:31 J.F. Almeida optou por manter a palavra grega Hades no lugar de inferno). Outras versões e outros tradutores, no Antigo Testamento no lugar de inferno colocaram Sheol ou lugar dos mortos, enquanto no Novo Testamento no lugar de inferno deixaram a palavra grega Hades. (Confronta várias versões e traduções da bíblia das supracitadas passagens). De qualquer modo, seja inferno como lugar dos mortos indicam o mesmo lugar. É bom precisar pois que a palavra inferno - que nós nunca encontramos no Velho Testamento na versão revista e actualizada de J.F. Almeida - deriva da palavra latina infernus que significa ‘lugar que está debaixo, inferior’. Alguém dirá: ‘Mas porque motivo esta palavra não foi traduzida sempre da mesma maneira?’ Porque o contexto em tais casos não o permitia. Em outras palavras a mesma palavra tem um significado diferente em contextos diferentes. Quando Sheol ou Hades indicam o lugar invisível para onde descem as almas dos mortos e não a sepultura onde é posto apenas o corpo deduz-se do contexto. Um exemplo é o de Isaías quando diz: "O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os príncipes da terra, e fez levantar dos seus tronos todos os reis das nações. Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós" (Is. 14:9-10). Aqui a palavra Sheol foi traduzida inferno por J.F. Almeida (Outras versões colocam Sheol ou lugar dos mortos) porque não significa sepultura terrena de facto o texto fala de pessoas que moram no Sheol as quais na vinda ou descida do rei de Babilónia ao Sheol lhe dirigem determinadas palavras. Fizemos este discurso para demonstrar que aqueles que negam que Sheol (e a correspondente palavra grega Hades) significa também o lugar de tormento para onde vão os pecadores à espera da ressurreição, erram.

A imortalidade da alma


A Palavra de Deus ensina que o ser humano é uma alma vivente porque está escrito que quando Deus formou o primeiro homem do pó da terra lhe soprou nas narinas o fôlego da vida e ele se tornou uma alma vivente (cfr. Gen. 2:7), mas ela ensina também que o homem possui uma alma que é imortal, e não mortal como o seu corpo, que na morte vai para o Paraíso se salva, mas para o Hades (melhor conhecido como o inferno) se perdida, e por isso o homem continua a existir espiritualmente depois que morre. Esta alma podemos defini-la o homem interior de todo o ser humano, para distingui-la do homem exterior que ao invés é o corpo no qual se encontra a alma.

Passagens da Escritura que chamam o ser humano ‘alma’

Ora, a sagrada Escritura chama as pessoas também almas e estas passagens o confirmam:

Ÿ "Mas se a família for pequena demais para um cordeiro, tomá-lo-á juntamente com o vizinho mais próximo de sua casa, conforme o número de almas.." (Ex. 12:4);

Ÿ "E todos os despojos destas cidades, e o gado, os filhos de Israel saquearam para si; tão-somente a todos os homens feriram ao fio da espada, até que os destruíram, sem deixarem alma viva" (Josué. 11:14);

Ÿ "E em toda a alma havia temor..." (Actos 2:43);

Ÿ "E José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentela, que era de setenta e cinco almas" (Actos 7:14);

Ÿ "A longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, (isto é, oito) almas se salvaram pela água" (1 Ped. 3:20).

Mas a mesma Escritura ensina claramente que a alma não é o corpo, e o corpo não é a alma; e que quando o corpo de uma pessoa morre a sua alma parte, e, se é um filho de Deus vai habitar com o Senhor no céu, se não desce ao lugar dos mortos onde há um fogo não atiçado por mão de homem e onde há pranto e ranger de dentes.

A Ceia do Senhor


Acerca da ceia do Senhor, na epístola de Paulo aos santos de Corinto encontramos escrito: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que morrem. Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; quando, porém, somos julgados, somos corrigidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo" (1 Cor. 11:23-32).
Ora, dado que com a ceia do Senhor nós anunciamos o sacrifício expiatório feito por Jesus Cristo é necessário antes de tudo dizer quais são os benefícios que brotaram da oferta da carne e do sangue de Cristo.

O que fez Cristo por nós oferecendo a carne do seu corpo

Ÿ Jesus ofereceu a sua carne em sacrifício a Deus para nos vivificar (porque todos nós estavamos mortos nas nossas ofensas) na realidade um dia disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo" (João 6:51). E também para nos santificar, de facto está escrito que "fomos santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre" (Heb. 10:10). Então se hoje nós estamos espiritualmente vivos e santos perante Deus o devemos ao corpo de Cristo.
Ÿ Jesus ofereceu o seu corpo em sacrifício pelos nossos pecados a fim de anular o domínio do pecado na nossa vida, de facto Paulo diz aos Romanos que Jesus "condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós" (Rom. 8:4). Assim nós, pela oferta do seu corpo, estamos mortos para o pecado, porque o pecado que tinha domínio sobre nós foi anulado na sua carne. Paulo explica este conceito aos santos de Roma nestes termos: "Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?" (Rom. 7:1). Nós sabemos que a lei tem domínio sobre o homem somente enquanto ele está vivo, porque uma vez morto, o homem não está mais sujeito a ela, e de facto como faz a lei para ter poder sobre uma pessoa morta que exalou a alma? De modo nenhum pode dominá-la. E assim também nós para não sermos mais escravos da lei deviamos morrer espiritualmente para a lei, e isso aconteceu pela fé na morte de Jesus. A crucificação do corpo de Jesus Cristo tem pois para nós um imenso valor porque nós tendo crido nele, fomos com ele crucificados; é por esta razão que a lei não tem mais domínio sobre nós, porque nós estamos mortos com Cristo, na realidade está escrito: "Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos" (Rom. 7:4). Graças sejam portanto dadas a Deus que, pelo corpo de Cristo, nos fez morrer para a lei que nos escravizava; sim, estamos mortos com Cristo para o pecado que tinha domínio sobre nós pela lei (que é a força do pecado), para nos tornarmos propriedade particular de Cristo e para viver para ele.

O batismo na água


Nós que cremos em Jesus Cristo fomos batizados na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Fomos submetidos a este rito em obediência à seguinte ordem dada por Jesus Cristo aos seus discípulos antes de subir ao céu: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mat. 28:19). Ora, se o batismo na água é um rito que foi ordenado por Cristo Jesus, ele tem de ter por força um significado e tem de ser importante. Podia alguma vez o Senhor da glória mandar fazer uma coisa sem significado e inútil? Neste escrito examinaremos brevemente isto mesmo, ou seja, o significado e a importância do batismo na água ordenado por Cristo Jesus.

O significado e a importância do batismo

O apóstolo Pedro diz que o batismo é "a indagação de uma boa consciência para com Deus" (1 Ped. 3:21) (esta é uma confirmação que o batismo não pode ser administrado a crianças porque as crianças recém-nascidas não podem fazer a Deus esta indagação de boa consciência que é o batismo); portanto como por meio do batismo quem crê em Deus indaga de ter uma boa  consciência na sua presença, ele é necessário (aliás como poderia Jesus instituir uma coisa não necessária para aqueles que creriam nele?). E cada um de nós experimentou as palavras de Pedro porque depois que cremos no Senhor sentimos a necessidade do batismo porque sentiamos em nós pelo Espírito, que embora sendo filhos de Deus purificados com o sangue de Jesus Cristo, para ter uma boa consciência diante de Deus deviamos obedecer à ordem do batismo. Certo, estavamos certos de estar salvos, de ter sido perdoados, mas não obstante isso sentiamos que em obediência a Cristo, o nosso Salvador, nos deviamos fazer batizar na água. Portanto, segundo a Escritura, pelo batismo nós obtivemos uma boa consciência diante de Deus.
Além disso nós, pelo batismo, fomos sepultados com Cristo conforme está escrito: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na sua morte; para que, como Cristo ressuscitou dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rom. 6:3,4). E dado que são sepultados os mortos e não aqueles que ainda estão vivos, nós podemos dizer que quando fomos sepultados pelo batismo na morte de Cristo já estávamos mortos para o pecado sendo que nos tinhamos arrependido e tinhamos crido no Evangelho. Em outras palavras que nós antes de ser batizados na água tinhamos nascido de novo, por isso mortos para o pecado; e pelo batismo o nosso velho homem foi sepultado com Cristo. Como Cristo quando foi sepultado já estava morto para o pecado ("quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado" (Rom. 6:10), diz  Paulo), assim também nós quando fomos sepultados com ele já estávamos mortos para o pecado pelo corpo de Cristo. Podemos também exprimir este conceito assim: nós fomos salvos dos nossos pecados pela fé, e portanto ainda antes de ser batizados na água estávamos salvos (porque o acto de crer precede o acto de ser imerso na água). O nosso batismo portanto pode-se definir um acto de obediência a Deus que selou a justificação por nós obtida pela fé antes do batismo. Um pouco como o sinal da circuncisão que Abraão recebeu como "selo da justiça da fé quando estava na incircuncisão" (Rom. 4:11). Porque também Abraão foi justificado por Deus pela fé antes de ser circuncidado, e não foi portanto a circuncisão a imputar-lhe a justiça mas a sua fé conforme está escrito: "Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão" (Rom. 4:9). Do mesmo modo também a nós não foi o batismo a ser nos imputado como justiça (o que significaria que pelo batismo se obtém a justificação) mas a nossa fé que colocámos em Cristo antes de ser batizados na água.

Os dons do Espírito Santo


Introdução

O apóstolo Paulo diz aos Coríntios: "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de milagres; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a diversidade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer" (1 Cor. 12:1-11). Como podeis ver Paulo desejava que os crentes (não só os de Corinto) não estivessem na ignorância acerca dos dons espirituais. Ora, de qual ignorância fala neste caso? Da que ignora a existência dos dons espirituais ou da que ignora as suas funções no corpo de Cristo e o seu correcto uso? Considerando que aos Coríntios não faltava algum dom, porque isso o diz Paulo no início da sua epístola, e no meio deles havia quem falava em outra língua e quem profetizava (porque isso se evidência pelo discurso que Paulo faz a seguir), Paulo não queria que os Coríntios estivessem na ignorância acerca do uso dos dons. É claro porém que se crentes ignoram a existência dos dons espirituais (nada de admirar, se se considerar que ao tempo de Paulo haviam até crentes que por um certo tempo não sabiam da existência do Espírito Santo) é necessário instruí-los para que esta ignorância cesse de existir, sendo que os dons são para a Igreja, para a sua edificação e não para a sua destruição. Paulo o diz claramente: a cada um é dada a manifestação do Espírito para o que for útil. Se notem bem estas palavras "para o que for útil" porque elas anulam todos aqueles raciocínios que querem fazer crer que os dons do Espírito Santo hoje não são mais necessários. De facto se naquele tempo a manifestação do Espírito era útil à Igreja, consequentemente ela tem de ser útil também agora à distância de mais de mil e novecentos anos. Se o Espírito edificava a Igreja pelos seus dons, de certo Ele continuará a edificá-la mediante aqueles mesmos dons ainda hoje. Se o Espírito naquele tempo desejava edificar a Igreja de Deus por meio dos seus dons, de certo desejará edificá-la ainda hoje. Ou porventura alguém pode demonstrar que este não é o sentimento do Espírito? Não, não há ninguém que possa demonstrar que o sentimento e o operar do Espírito tenham mudado, e não há ninguém que possa mudar o seu sentimento e o seu operar. Ele ainda hoje distribui os seus dons como Ele quer, e não há ninguém que o possa impedir. Ora, como vimos o Espírito é um, mas os dons são variados. Em outras palavras o Espírito Santo concede manifestações diversas no seio da Igreja de Deus. E isto porque as necessidades são variadas na Igreja; um pouco em suma como no corpo humano, em que há diversos membros com diversas funções com base nas necessidades. Os olhos capacitam ver, os ouvidos ouvir, os pés caminhar, a boca comer, o estômago e o figado digerir o que se comeu, etc. Assim também no corpo de Cristo, dado que as necessidades são variadas o Espírito dá a cada um capacidades diferentes para suprir às diversas necessidades presentes no seio da irmandade. Ele não dá a todos a mesma manifestação do Espírito, mas a todos Ele dá uma manifestação de acordo com a vontade de Deus. Vontade de Deus porém que não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de facto Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: "Desejai ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), "procurai abundar neles, para edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), diz Paulo. A coisa é clara, estes dons devem ser objecto de busca por parte de todos nós, ninguém excluído. Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja seja edificada pela manifestação do Espírito. Ele não quer que a Igreja de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga. Mas vejamos de perto estes dons de que fala Paulo, a fim de compreender o porquê de eles serem dados para a edificação da igreja, a fim de compreender a sua utilidade.

Os dons de ministério


Introdução

Está escrito: "Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos" (Ef. 4:4-6). Irmãos no Senhor, vós sois membros do corpo de Cristo, sois membros dele desde que crestes no nome do Filho de Deus porque estando unidos ao Senhor pela vossa fé vos tornastes um só espírito com ele.

Nós todos que cremos no Senhor, formamos um único corpo, temos uma única esperança, a da glória, para a qual Deus nos chamou; temos uma mesma fé; temos um mesmo Espírito, o da adopção pelo qual clamamos: Aba! Pai!; recebemos um mesmo batismo, o ministrado por imersão na água em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; temos um único Senhor, Jesus Cristo, que Deus ressuscitou dos mortos; e temos um único Pai, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Nenhum de nós tem do que se gloriar diante de Deus, porque todos fomos salvos pela graça de Deus, e não em virtude de boas obras que tivessemos feito; "mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo" (Ef. 4:7), isso significa que cada um de nós tem o seu próprio dom de Deus e consequentemente, como temos dons diferentes uns dos outros, assim não cumprimos todos o mesmo serviço na casa de Deus.

Está escrito: "E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e doutores, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura perfeita de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Ef. 4:11-15). Começando a falar dos dons de ministério, é necessário dizer que "há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo" (1 Cor. 12:5), portanto os ministérios que Deus constituiu na sua igreja são diferentes uns dos outros, mas apesar de serem diferentes no que concerne à sua função, são conferidos pelo mesmo Senhor aos que são chamados por Deus ao ministério. Os ministros de Deus sabem ter recebido do Senhor dons diferentes e reconhecem também que a cada um deles a graça foi dada segundo a medida do dom de Cristo. Como podeis ver é chamada ‘a medida do dom de Cristo’, porque todo o dom de ministério é dado por Cristo Jesus conforme está escrito: "Ele... deu dons aos homens" (Ef. 4:8; Sal. 68:18); os dons de ministério descem também eles do alto porque está escrito: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto" (Tiago 1:17). Uma escola bíblica não pode conferir um ministério porque é Deus aquele que opera em nós tanto o querer como o efectuar segundo a sua boa vontade, e porque é Ele mesmo que estabelece um crente num determinado ofício e não os homens. Escuta, irmão: ‘Se tu recebeste um dom de ministério do Senhor, os outros irmãos não poderão não reconhecer a autenticidade dele e não poderão não reconhecer que Deus operou em ti para estabelecer-te seu ministro naquele ofício particular; quem o reconhecer te poderá encorajar a prosseguir pelo caminho em que tu estás, poderá dar-te bons conselhos que farás bem em seguir (se conformes a vontade de Deus para ti); poderás também aprender sãos ensinamentos por um outro ministro de Deus, mas permanece o facto de que quem opera dentro de um homem para fazê-lo perfeito em todo o bem, para que cumpra um ministério é Deus. A instrução de uma escola bíblica não é de modo nenhum indispensável e vos exorto a não considerá-la como tal; quem julga a inscrição numa escola bíblica coisa indispensável para receber um ministério de Deus e para cumpri-lo não é são na fé porque demonstra não considerar o dom de ministério sobrenatural, e nem ainda como uma capacidade que Cristo confere ao seu servo, mas como uma capacidade que se pode adquirir numa escola como qualquer outra capacidade humana, e isso é um erro. Mas então, o que leva muitos a inscreverem-se numa escola bíblica? Muitos daqueles que vão para a escola bíblica, não foram de modo nenhum chamados por Deus para cumprir um ministério, e isso é manifesto; mas está de facto que eles vão para lá na mesma, com o objectivo bem preciso de receber o diploma daquela escola. Mas porque  é que este bocado de papel, chamado diploma, é tido em tão grande consideração e tão desejado por eles? Porque no seio de toda a organização religiosa que se respeite, os títulos e os reconhecimentos dados pelos homens a outros homens (mesmo se não correspondem à verdade) têm o seu peso e a sua importância.

A obediência e a submissão aos condutores


Está escrito: "Obedecei aos vossos condutores, e sujeitai-vos a eles, porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não suspirando, porque isso não vos seria útil" (Heb. 13:17).
Deus não deixou a si mesmas as ovelhas que adquiriu com o seu sangue, mas constituiu sobre elas homens para apascentá-las; estes homens são os anciãos que são chamados também condutores, exactamente porque a sua função é a de conduzir o rebanho do Senhor. Os condutores são homens como todos nós aos quais Deus deu o poder de apascentar a sua igreja; portanto, as ovelhas devem obedecer-lhes e sujeitarem-se aeles. Eles velam pelas almas dos fiéis e se vêem que as ovelhas não prestam atenção aos seus ensinamentos e às suas exortações é inevitável que comecem a suspirar e a não cumprir mais o seu ofício com alegria. Seja bem claro que os que desobedecem aos seus condutores não fazem o que é justo diante de Deus.
Paulo, Silvano e Timóteo disseram aos santos de Tessalónica: "Rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam, e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra" (1 Tess. 5:12,13), portanto, os anciãos que governam bem, que trabalham na pregação e no ensinamento da Palavra, e que se aplicam a convencer os contradizentes e admoestam os desordenados, e que mostram claramente ter cuidado da igreja de Deus, devem ser tidos em grande estima e amados por causa daquilo que fazem em prol do rebanho do Senhor. Paulo escreveu aos Coríntios: "Vos exorto a sujeitar-vos...a todo aquele que auxilia e trabalha na obra comum" (1 Cor. 16:16) e os condutores fazem exactamente isso, trabalham na obra comum porque se dedicam ao serviço dos santos, pondo ao serviço dos crentes a autoridade e a capacidade recebida de Deus.
Sabei irmãos que os que murmuram (isto é, que falam contra) contra os que por Deus presidem sobre vós no seio do seu povo, murmuram contra Deus; e também que os que, movidos de inveja, se rebelam contra os que estão encarregues por Deus de apascentar o seu rebanho, para usurpá-los, atraiem a ira de Deus sobre eles. Durante a viagem do povo de Israel através do deserto, sucedeu que os Israelitas murmuraram contra Moisés e Arão e se levantaram também contra eles; mas antes de falar destes factos específicos, considero muito importante recordar quem eram Moisés e Arão e como foi que eles chegaram a ocupar as suas posições no seio do povo de Israel. Moisés e Arão eram dois irmãos descendentes de Levi; depois que Moisés fugiu da presença de Faraó foi habitar na terra de Midiã onde tomou por mulher uma filha de Jetro, sacerdote de Midiã. Durante a sua residência em Midiã, Moisés pastoreou o rebanho de Jetro, seu sogro.

O bispo e o diácono


Segundo o que ensina a Escritura quem deseja assumir na Igreja o ofício de bispo deseja uma boa obra porque quer fazer uma coisa justa aos olhos de Deus; mas tanto quem deseja este ofício, como também a igreja devem saber quais os requesitos que deve ter quem aspira ao ofício de bispo para ser assumido como tal. Eis de facto aquilo que diz o apóstolo Paulo a Timóteo: "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra desejaConvém pois que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia; (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?) Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.Convém também que tenha bom testemunho dos que estão fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo" (1 Tim. 3:1-7). 
Mas em que consiste o ofício de bispo? Ele consiste em vigiar o rebanho do Senhor e em alimentá-lo. Isto se aprende pelas palavras que o apóstolo Paulo dirigiu aos anciãos da Igreja de Éfeso quando regressava a Jerusalém da viagem que o tinha levado à Asia, Macedónia e Grécia. Está escrito de facto que Paulo "de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja" (Actos 20:17) e quando estes foram e chegaram junto dele, ele dirigiu-lhes muitas palavras entre as quais também estas: "Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus..." (Actos 20:28). Por esta exortação de Paulo entende-se claramente que o bispo deve cuidar do rebanho do Senhor, vigiando-o (isto é, protegendo-o dos lobos devoradores que se introduzem no meio dele, vestidos de ovelhas), e dando-lhe o necessário alimento espiritual para que se fortifique, e que para fazer isto ele é constituído pelo Espírito Santo. A propósito destas palavras de Paulo notai que ele chamou bispos aos anciãos da igreja que ele tinha mandado chamar e reunido junto dele em Mileto, o que faz perceber que o Novo Testamento quando fala dos anciãos da igreja fala implicitamente dos bispos da igreja. O termo ancião indica a idade madura do crente que ocupa o ofício de bispo, enquanto o termo bispo indica a função do ancião que é a de vigiar o rebanho do Senhor e na realidade o termo grego traduzido com bispo é episkopos que significa ‘vigilante’. Mas vamos agora examinar uma por uma as características que deve ter aquele que aspira ao ofício de bispo na Igreja do Deus vivo.

A Igreja


O que é a Igreja

A palavra portuguesa igreja deriva do grego ekklesia que significa 'assembleia' e indica o conjunto de pessoas que foram resgatadas do presente século mau e transportadas para o reino do Filho de Deus. Naturalmente este termo indica tanto a Igreja universal que compreende os resgatados de toda a tribo, língua, povo e nação; como a Igreja local como a de uma cidade ou país que compreende os resgatados presentes só naquela cidade ou país (o que não exclui que da Igreja daquele lugar façam parte pessoas de diversas étnias e raças). A Igreja universal portanto é composta por muitas igrejas locais.
Na Escritura o termo Igreja empregue como assembleia universal é usado por exemplo nestas passagens: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja…" (Mat. 16:18); "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela …." (Ef. 5:25); "Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém. " (Ef. 3:20-21). O mesmo termo empregue ao invés como Igreja local é usado por exemplo nestas outras passagens: "Saudai também a igreja que está em sua casa" (Rom. 16:5); "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia" (2 Cor. 1:1).
Sendo este o significado da palavra 'igreja', é errado chamar 'igreja' ao local de culto. Mas reflecti: 'Como se pode chamar 'igreja' a um local de culto quando Paulo dizia para saudar a igreja que se reunia em casa de Áquila e Priscila?


Quem é a cabeça (o chefe) da Igreja

A cabeça suprema da Igreja é Cristo: o apóstolo Paulo explica claramente e de várias maneiras que a cabeça (o chefe) da Igreja, tanto no céu como na terra, é Cristo Jesus:

Ÿ Ele diz aos Efésios que Deus ressuscitou o seu Filho e o fez assentar à sua direita acima de todo o principado e autoridade e potestade e domínio, e de todo o nome que se nomeia não só neste mundo, mas também naquele que há-de vir e que Ele "sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos" (Ef. 1:22,23); e também: "Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Ef. 4:15), e: "Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo" (Ef. 5:23). Portanto, como a cabeça da mulher é uma só, o seu marido, assim também a cabeça da Igreja (que é a esposa do Cordeiro) é uma só, Cristo, o seu esposo, e nenhum outro.

29.12.11

O nosso bom combate


Introdução

Nós crentes em Cristo Jesus somos soldados do Senhor sobre esta terra e como soldados estamos continuamente em guerra. Nós devemos guerrear aquela que é chamada pela Escritura "a boa guerra" (1Tim. 1:18), e a devemos guerrear contra os nossos inimigos. Sim, porque nós temos inimigos que são em grande número e impiedosos; mas não me refiro aos nossos inimigos de carne e osso (que devemos amar conforme está escrito: "Amai os vossos inimigos" [Lucas 6:27]) porque o nosso combate não é contra eles. Os inimigos que nós filhos de Deus devemos enfrentar nesta guerra são seres espirituais maus cuja existência é real como são reais também as suas diabólicas maquinações contra nós crentes. Mas Deus, sabendo que nós deveriamos enfrentar esta guerra nos forneceu uma armadura; as armas são suas, mas elas não são carnais justamente porque o nosso combate não é contra a carne e o sangue, mas de qualquer modo são "poderosas em Deus para destruição das fortalezas" (2 Cor. 10:4) do inimigo.

Paulo escreveu : "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, que estão nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes" (Ef. 6:11-13).

O diabo é o nosso adversário e é o príncipe deste mundo mau que ele domina servindo-se de criaturas espirituais que estão ao seu serviço, e elas são os principados, as potestades, os dominadores deste mundo de trevas e as forças espirituais do mal que estão nos lugares celestiais. Ora, todos estes são nossos inimigos, sabei-o; eles não nos amam, não procuram de todo o nosso bem, não procuram a nossa edificação, não nos protegem, não mostram nenhuma piedade para conosco porque são impiedosos, e aquilo a que se propõem fazer é isto: querem fazer-nos negar o Senhor, para nos fazer voltar às imundas concupiscências da carne e portanto ao charco de lodo, do qual  (também eles sabem isto) Jesus Cristo nos tirou pelo seu precioso sangue. Eles, com as suas maquinações, tentam nos fazer desviar da fé e da verdade procurando manter-nos longe da irmandade, da leitura e da meditação da Palavra de Deus; procurando fazer-nos crer em alguma heresia de perdição; procurando fazer com que não oremos e que não nos santifiquemos porque eles sabem que está escrito que sem a santificação ninguém verá o Senhor; procurando que não perdoemos quem deve ser por nós perdoado; procurando fazer-nos duvidar da fidelidade de Deus; procurando fazer-nos esquecer dos pobres dentre os santos para não suprir às suas necessidades, em suma eles tentam impedir-nos tanto de conhecer a vontade de Deus como de cumpri-la. Eles são verdadeiramente nossos inimigos, porque não querem absolutamente que nós façamos o bem mas querem que façamos o mal, precisamente aquilo que nós devemos odiar conforme está escrito: "Aborrecei o mal" (Rom. 12:9). Mas quero que saibais também que todas as maquinações de Satanás e dos seus ministros não são desconhecidas de Deus porque elas estão todas diante dos seus olhos. Deus sabe como nos fazer opôr de modo eficaz às ciladas do diabo e é por isso que Ele nos deu a sua armadura e nos mandou revestirmo-nos com ela.

As autoridades superiores


A submissão às autoridades

Está escrito: "Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação..." (Rom. 13:1,2).

Irmãos, as autoridades que existem nesta nação (como também nas outras) são estabelecidas por Deus e nós nos devemos sujeitar a elas; não importa de que corrente política elas sejam, nós devemos honrá-las e mostrar-nos leais e respeitosos com elas. Pedro escreveu: "Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor..." (1 Ped. 2:13), isso significa que quem ama o Senhor se deve sujeitar às autoridades e não deve mostrar-se nem desleal e nem irreverente para com elas para que, o nome do Senhor que ele ama, não seja blasfemado. Paulo disse: "Dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra" (Rom. 13:7); cada autoridade ordenada por Deus deve ser honrada e temida, e pelo o que nos respeita, nós, como cidadãos desta nação, devemos honrar o Presidente da República, os deputados e os senadores, os ministros do governo, as forças da ordem, Polícia, Guarda Fiscal, e depois os juízes, os magistrados, os presidentes, os assessores e os conselheiros e qualquer outra autoridade ordenada por Deus. A autoridade manda aos cidadãos pagar tributos (taxas) e estes devem ser dados às autoridades, porque está escrito para dar "a quem tributo, tributo" (Rom. 13:7) e porque o Senhor Jesus disse: "Dai, pois, a César o que é de César" (Lucas 20:25). Além do tributo, também o imposto (como é o direito que a câmara e o Estado exigem pela introdução de certa mercadoria no seu território ou pelo seu consumo) deve ser pago às autoridades postas para arrecadá-lo. Quando Jesus começou também ele aensinar, Israel estava sob o domínio romano; o imperador era Tibério César, o governador da Judeia era Pôncio Pilatos, e o tetrarca da Galileia era Herodes  (aquele Herodes que tinha casado com a mulher de Filipe seu irmão), mas Jesus (que era Judeu quanto à carne) nunca instigou as multidões a serem rebeldes às autoridades, nunca proibiu de pagar os tributos a César (se bem que soubesse que parte dos tributos seriam empregues para o mantimento do exército romano), não comandou nenhuma facção política contra as autoridades romanas que governavam naquela época, e quando se encontrou em frente de Pôncio Pilatos e de Herodes não ousou injuriá-los e nem se mostrou irreverente para com eles, mas lhes mostrou o devido respeito; Jesus Cristo nos deixou o exemplo em todas as coisas para seguirmos as suas pisadas, portanto fazemos bem em estar sujeitos à autoridade, em honrá-las e em orar por elas para que Deus as salve, as ajude a governar com justiça e as proteja, "para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade" (1 Tim. 2:2).

Uma palavra de exortação às mulheres


Como a mulher deve vestir e comportar-se

Irmãs, vós também um dia, pela graça de Deus, crestes em nosso Senhor, obtendo assim a remissão dos vossos pecados. Deus vos chama suas filhas, porque vós também recebestes Cristo e saistes do meio dos filhos deste século e fostes acolhidas por Deus em Cristo Jesus; portanto também vós sois membros da família de Deus e juntos formamos o corpo de Cristo. Aqui, "não há macho nem fêmea" (Gal. 3:28), porque somos um em Cristo Jesus. O facto porém de em Cristo não haver macho nem fêmea não significa que vós podeis comportar-vos na casa de Deus como vos parece e agrada, mas apenas que, o facto de vós serdes mulheres não constitui uma parede divisória no meio de nós que somos crentes. Vós deveis saber que Deus nunca mostrou e não mostra ainda nenhuma acepção de pessoas, portanto não penseis que Deus vos despreza porque Eva, a primeira mulher, se deixou enganar pela serpente e caiu em transgressão, porque isso não é verdade. Nem ainda é verdade que vós na casa de Deus não servis para nada e não podeis contribuir para o progresso do Evangelho de nenhum modo, porque a Escritura testifica exactamente o oposto, portanto não metais na cabeça aqueles pensamentos nocivos e vãos que a antiga serpente procura, com a sua astúcia, fazer-vos pensar para fazer nascer em vós uma inveja amarga e fazer-vos tornar altivas e vangloriosas.

Depois de ter feito esta premissa, quero antes de tudo dizer-vos como vos deveis vestir, depois com o que não vos deveis adornar e com o que ao invés vos deveis adornar para que a doutrina de Deus seja honrada por meio de vós. Paulo escreveu a Timóteo: "Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e pudor, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras" (1 Tim. 2:9,10).

Irmãs, vós deveis vestir trajes adequados a vós que fostes santificadas em Cristo; as vestes convenientes a vós são as modestas e não as provocantes que tanto agradam às mulheres corruptas que espraiam a sua enorme altivez, portanto não ambicioneis todos aqueles trajes femininos extravagantes e custosos que servem apenas para distrair os homens que vos vêem e para vos fazer gastar dinheiro inutilmente. A moda feminina deste presente século mau faz ensoberbecer as mulheres que a seguem e as faz andar de pescoço emproado, fazendo-as observar as mulheres de baixo estado de cima para baixo; esta é uma coisa que está debaixo dos olhos de todos, por isso não vos deixeis arrastar atrás dela; sede humildes e não deis lugar àquilo que as mulheres altivas chamam ‘o orgulho de ser mulher’.

Além de serem modestas, as vossas vestes devem ser com pudor, isto é decentes; elas devem também cobrir as vossas pernas, os vossos braços, e a parte abaixo do vosso pescoço; precisamente aquelas partes que as vestes indecentes não cobrem. Isto significa que vós deveis renunciar às mini-saias, mas também às saias que chegam justo ao joelho ou pouco abaixo do joelho; eu vos exorto a usarem saias longas sem racha, não justas e sem aqueles estranhos desenhos que estampam sobre os modelos para atrair o olhar do homem sobre as que os vestem.

Pelo que respeita às vossas camisas, não sejam nem transparentes, nem justas e nem ainda decotadas. A propósito de cores, evitai usar vestidos de cores demasiado vivas e berrantes, para evitar que os homens, quando vos vejam, sejam induzidos a pousar o olhar sobre vós.

No que diz respeito aos sapatos a usar, vos digo para calçardes sapatos modestos e de não usardes aqueles sapatos de tacões altos, tão estreitos que não deixam respirar bem os vossos pés e vos provocam dores nos pés; mas não só, eles vos obrigam a caminhar de uma maneira anormal, vergonhosa e com muita mais dificuldade. Não useis também sapatos dourados ou prateados, para evitar que os vossos pés se tornem objecto dos olhares masculinos.

No que se refere às meias, vós, como convém a santas mulheres, usai as modestas e não aquelas em rede ou de outro género inventado para fazer a mulher sedutora e para provocar o olhar do homem.

Quando vos dirigis junto de uma loja para comprar uma saia ou uma camisa ou sapatos ou tecido para fazerdes as coisas por vós mesmas, tende diante dos vossos olhos a Escritura que diz: "Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes" (Rom. 12:16).